POESIA ERÓTICA#5
By Celino Deira
arts.montero@gmail,com
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Cópula é transpor imoralmente
a cerca sensual da mulher,
invadir amorosa e
clandestinamente
seu erótica propriedade.
*
A mulher considera trocar
de falo,
ascender na amorosa
escala
a um estádio superior
de amor.
*
A beleza da mulher é a sombra
de fresca e espessa copa
que o macho abriga e
protege
do calor sufocante
da lascívia.
*
Aposta no reverso da mente,
discreta etiqueta indica a medida do falo
que a mulher amorosamente
traja.
*
Na feminina beleza - reverso do ser -
discreta legenda indica a medida de falo
que a mulher mentalmente veste
e ama.
*
Hoje a mulher recusou o decote.
Este permaneceu arrumado no armário da luxúria
como obsceno colar
ou gargantilha.
*
O rio da feminina
beleza
corre, corre, … e
desagua,
espraia-se no mítico
quadril,
- delta do amor.
*
A alma é o burgo,
o corpo - a muralha-,
a beleza - profundo fosso da mulher
a transpor
e conquistar.
*
Por sonoras estocadas a mulher assinala o início do amor;
palmas estalando em amplas coxas férteis,
como lançando fogosa corrida
o cavaleiro esporeia as ilhargas da montada.
*
A mulher vale os
olhares que levanta e acorda
à passagem, na
existência.
Os desejos que suscita
e ergue
pelos amorosos dias.
*
Em amoroso assalto
a mulher é coagida a
entregar a beleza
sob a fria ameaça do
falo, encostado à mente,
como coronha.
*
Na noite da viela
o rápido e furtivo
engate da pega,
equivale ao longo e
diplomático cortejamento diurno
de Dama
em salão.
*
Como antenas ou
elétricos transístores
somos providos de falo
que deteta, recebe e
captura
as mais ténues frequências
da beleza feminina.
*
Por vezes, à saída da festa,
grupos de mulheres decidem partilhar o falo
- como repleto carro de aluguer
na noite da cidade.
*
Se a mulher toma conhecimento de falo superior
sente-se amorosamente traída e indignada,
pronta a confrontar o esposo, nubente ou amante
e exigir a devolução imediata
da amorosa diferença.
*
A refeição frugal sacia o
delicado apetite da dama;
todavia, em amor, o pródigo
falo revela-se insuficiente
para satisfazer a mente
sôfrega
e voraz.
*
Diariamente a mulher oculta
a beleza
do mundo vigilante e
predador;
delambe e alimenta coxas e
seios,
como fêmea as tenras
crias.
*
Da mulher sou visitante e cliente assíduo da beleza.
Frequento-a amorosamente como bar de alterne -
mal-afamado prostíbulo
do amor.
*
A jovem donzela promove-se ante as amigas,
preza-se de acolher falos de perversidade superior
àquela indicada para sua idade, condição
ou mente.
*
O amor será executado em alinhamento
ao eixo feminino da beleza;
como o barco deve cursar
o leito central do rio.
*
A mulher lida próxima do homem, em demasia,
como mala repleta de prata
tentadoramente se sugere e entreabre
ao funcionário corrupto.
*
Apresemos
pelas asas as aves de criação da vida,
pelas presas
e chifres seus elegantes bois e reses,
pelos
amorosos orifícios
a sublime e
perversa mulher.
*
Como as
bochechas de uma adorável criança
não deixemos
de beliscar seios e coxas de mulher
cuja beleza
o falo nos
enterneça.
*
Frequentemente nos equivocamos
e tomamos por pega a bela mulher, ou o inverso,
tais são as amorosas
semelhanças
entre si.
*
A mulher é o lugar do amor
Sexo é a ocupação das sensuais terras por colonos
- os migrantes ilegais
da beleza.
*
O falo rude fora, outrora, o jade, a pedra da calçada
de uma pré-história distante;
hoje é a pedra preciosa
que selecta Dama perdeu sobre a calçada.
*
A mulher administra a beleza,
regulando a tensão dos arreios de que se cinge
qual sensual cabresto,
- a força de estampagem de uma prensa.
*
Por vezes
cruzamo-nos com matriarcas belas e antigas,
de vida bem
sovada e curtida, de amor,
como velhas
estradas romanas
da lascívia.
*
Cada mulher vale a quantidade de cópulas anuais
como a facturação de uma firma,
a quilometragem de exaurido carro de aluguer
do amor.
*
Qual astuto mercador em devassa feira,
ante a mercadoria do novo amor
a mulher solicita e analisa, atentamente,
a ficha técnica do falo
comerciante.
*
Em amor, primeiramente, o macho rega a mulher de sémen.
Seguidamente, qual pirómano da beleza,
ama e ateia
a sensual fogueira.
*
-O mais importante de tudo? - A mulher.
- E, mais importante do que a mulher?
- A mulher desnuda.
*
Em perversa hora damas sentem o apelo da viela
e entregam-se devotamente a essa clausura e fé,
alistam-se voluntariamente, quais mancebos recrutas
do amor.
*
Qual atleta,
doutor ou guerreiro do amor
a pega elegeu
um orifício;
como arma,
ordem ou confraria
do sensual
ofício.
*
À saída do
mercado ou locanda,
além das sacolas
repletas de produtos
a mulher
ainda carrega os seios como alforges
de amor e
beleza.
*
Brasil é o
prostíbulo da rua universal,
o botequim de
esquina onde o mundo, mentalmente,
se debocha e
prostitui,
ceva de
mulher e beleza.
*
A pega dança tão habilmente em leito
como ave nos céus da luxúria,
acrobata na corda-bomba
do amor.
*
Porque serão nobres e magnatas
sempre acompanhados de belas mulheres,
quais sensuais guarda-costas
do amor?
*
Em certas
sociedades
o ofendido
adquire direitos sobre mulheres da família inimiga,
possuí-las de
acordo com a gravidade da ofensa
ou amoroso crime.
*
Regularmente vizinhos escutam a ruidosa cópula
como indústria imoral e poluente;
amorosa oficina que laborasse
no piso inferior da existência.
*
Na prova do amor
a mulher experimenta outras medidas fálicas,
até encontrar aquela que, mentalmente,
bem lhe assente.
*
Caio,
em si, diariamente me desterro e exilo.
Todas as noites me despenho mentalmente na mulher
qual amoroso abismo.
*
Sexo é
copular-te levemente,
em potência;
é
permanecer-te brevemente,
para sempre.
*
Na hora da saudação
a mulher cede languidamente a face e o formal ósculo,
mas eu tomo-a e desejo-a
como mais um ânus seu a copular.
*
A mulher ama
como quem indolentemente
percorre
galerias comerciais;
carrega seios
como artigos expostos
nas vitrinas translúcidas
da cobiça.
*
Sofregamente alimentamos
de carvão a locomotiva do amor
como de
sémen, o ávido quadril,
os férteis e rotativos
membros
da mulher.
*
Na noite do amor
a mulher tolera o amaro sémen
e consente em
beleza o falo rude e disforme,
mas à luz do
dia e calçada enoja-a a sarjeta,
desvia a
mente de decomposto corpo.
*
Na noite do
amor a mulher tolera o amaro sémen
e consente em
beleza o falo rude e disforme,
mas à luz do
dia e calçada enoja-a a sarjeta,
desvia a
mente de dejetos imundos.
*
Na calçada obsequio a bela mulher,
e aguardo que um sorriso de sol rompa e desabroche
e a esmola sensual tombe sobre este louco e mendigo
da beleza feminina.
*
No centro
erótico da mulher Deus cunhou a beleza;
lá gravou a ferro
quente
a chancela e
insígnia amorosa
de sua divina
casa.
*
No centro
erótico da mulher Deus cunhou a beleza;
lá gravou a
ferro quente
a chancela e
insígnia amorosa
de sua
devassa casa.
*
Descobrimos a beleza da mulher
e inventámos, prontamente, o sexo para a libação
- vil técnica extrativa do amoroso veio;
a mineração carnal da beleza!
*
A mulher era
amada com tal ardor e intensidade,
os gritos e
súplicas atingiam tal altura e ruído
que se
impunha alguém intervir,
apartar os
contendores dessa sensual rixa ou bravata
-a amorosa refrega.
*
O reverso mental da mulher,
isto é, a face oposta de si,
é ainda a mulher,
embora, uma avessa mulher devassa.
*
Findo o sexo
encontraremos vestígios de sémen na mente feminina,
como lã
nos beiços ensanguentados de uma fera.
*
Não adoramos
as mulheres por lei ou proveito.
Veneramo-las
porque são as melhores
e as mais
belas,
as detentoras
do sensuo comum.
*
Como os
metais
certas
mulheres são excelentes condutoras de amor e beleza;
seus corpos
propagam eficientemente o calor do desejo
e luxúria.
*
Findo o sexo
uma
charcutaria de formas repousa exangue
sobre o leito
- mesa do
amor.
*
Na
derradeira hora ou ócio
o
assassino recorda os abjetos crimes praticados;
a
mulher, por sua vez, relembra o infame rol
de
cópulas cometidas.
*
Do extenso rebanho feminino
aparto mentalmente a bela dama
como rês para abate,
- a amorosa tosquia.
*
Perversamente, pelo fim do coito,
a mulher será cinicamente apunhalada pelo falo,
que anteriormente ajudara a prosperar
e erigir.
*
Nas águas
revoltas do amor;
a pega é
capitã de alto mar
À esposa, por
seu lado, estão reservadas
as ágeis
manobras portuárias.
*
Entre macho e senhora descobrimos o amor.
Mas para o executar,
em má hora, copiámos da natureza
a rude biblioteca de seus gestos.
*
É blasfema de semblante a mulher;
sensualmente pragueja visuais imprecações
como infame vagabundo, ébrio de beleza
e formas.
*
A cidade extravasa de
beleza feminina
enjaulada por frágeis
vestes
que somos ineptos de
assaltar
como joias em vitrina.
*
Como insistente prurido ou sarna
regularmente a mulher requer o macho para catar,
friccionar assaz e deveras, a falo,
sua devassa a mente.
*
Defronte da mulher o macho apresentava-se tenso e ereto,
mentalmente rígido e alterado sob o efeito narcótico e estupefaciente
da sua beleza
e nudez.
*
Em prostíbulo um ruido próprio de laboração emana;
Lá os amantes obram arduamente,
dessa lúgubre oficina e indústria
- a serração do amor.
*
Será que em amor, qual vaso contentor,
a mente feminina se quebra e arruína
de tão fustigada e vibrada
a falo?
*
Os Bispos veneram-se.
As Damas cortejam-se,
As pegas copulam-se
as mulheres fecundam-se.
*
Como sensual pescadora
a pega lamenta a fraca captura amorosa desse dia
por, em lasciva safra, apenas lhe ter cabido
o falo miúdo.
*
Estranhamente a mulher favorece os machos
que em amor a punem e castigam mais severamente,
aqueles que na cópula empregam maior rudeza e brutalidade
contra sua beleza.
*
No auge da cópula os seios balem e dobram furiosamente,
vibram e tocam freneticamente a rebate,
anunciando à vila e povo o incêndio no celeiro
do amor.
*
Sexo é uma cena de pancadaria amorosa
entre rufias lascivos;
uma reles rixa de cama por carne
e beleza
*
Conquistado o falo
a mulher busca mentalmente
dissecá-lo,
conquistar-lhe alma e
essência,
o falo do falo
conquistado.
*
Somos ambulantes falésias,
arribas másculas de mente e carne,
humanos muros expostos à rebentação
de poderosas vagas
da beleza feminina.
*
Somos fãs de mulheres
e em cada bairro
um prostíbulo é-lhes
dedicado como nicho,
- a capela do amor.
*
A mulher sugere o amor
elegante,
como Dama;
mas pratica-o obscenamente,
como aia...
*
Temos as mulheres para
amar,
essas Deusas
quotidianas que veneramos,
como uma bela vizinha
da existência.
*
A cama é o terreiro onde
por amor
pelejam os seres
sentidos;
Amor é luta que previamente
elege vencedora e
vencido.
*
A mulher é massa e conteúdo;
A massa é o conteúdo da mulher;
Cada única mulher é tudo.
*
Da mulher sou visitante
e cliente assíduo da beleza
Frequento-a
amorosamente como bar de alterne,
- mal-afamado
prostíbulo
do amor.
*
Dos femininos sapatos
a altura do tacão ou
batente indica
nesse instante, ao
macho caminhante
a medida do falo
pretendente.
*
A mulher guarda segredo
do falo
como a localização de
um valioso achado,
um bilhete premiado
da lotaria amorosa.
*
Na mulher, como carta
de marear,
o amor está traçado
- rota que o macho tem
sensualmente
a navegar.
*
Pela beleza - levedura
do amor
a mulher fermentará o
falo,
esse bolboso fungo
do desejo.
*
Na mulher, como carta
da beleza,
está traçada a rota
que o macho tem
amorosamente
a percorrer.
*
Na mulher, como chao
sagrado,
está traçada a
via-sacra
que o macho tem
amorosamente
a expiar…
*
O macho, como crente da
beleza,
tem na mulher o sagrado
caminho
amorosamente
a peregrinar.
*
O macho, como caçador
da beleza,
divisa na mulher o
furtivo trilho
amorosamente
a bater...
*
O macho, como
caminhante da beleza,
busca na mulher o
antigo trilho
amorosamente
a cursar.
*
Na mulher, como carta
da beleza,
está traçada a devassa
rota
que o macho tem
amorosamente
a navegar.
*
Pela hora do sexo
o corpo toma as rédeas da existência
e o ser é brutalmente conduzido e governado
como uma esposa submissa.
*
Os seios são oblongas lágrimas
enfeites pingentes,
estalactites de carne que solidificaram
durante milénios de perversão
e amor.
*
É benzido o feminino quadril,
como o quente pão sagrado
sobre nossa casta e pura cama
- mesa do amor.
*
A mente feminina acusa o falo
como volume sob veste justa,
argueiro ou incómoda pedra que se introduzisse no sapato
da mente.
*
Os seios são faróis,
luminosos reclamos que a distancia de mentes alcançam,
a sedentos caminhantes anunciam
a locanda da beleza.
*
Findo o sexo
coxas e seios restam dispersos sobre a cama - mesa do amor -
como sobejos de um faustoso repasto em honra
do amor
*
Findo o sexo
coxas e seios restam dispersos sobre a cama - mesa do amor -
como sobejos de um faustoso repasto
de si.
Pelo fim do sexo troveja,
desaba sobre a feminina
mente.
uma violenta tempestade de
amor
e impudências
*
És ainda tu apesar da cópula,
restas integralmente bela depois do amoroso atentado
que deflagrou em tua beleza e mente
de que és
executora e vitima.
*
Sensualmente, a mulher respira pelo corpo,
em rigor
pelos sensuais poros e orifícios
do amor.
*
Quão iletrada e analfabeta a mulher
mais sábias as cópulas,
mais fino e deleitoso amor
produzirá
*
Mulher,
teu profano corpo é o sagrado templo do amor.
Tua beleza
a religião anunciada.
*
Em sexo cravo-te e hasteio
a bandeira do amor
- o sagrado emblema;
Desfraldo o símbolo ondulante
da fátua conquista
de teus domínios sensuais.
*
O crime da beleza sugere a investigação,
o inquérito, a audiência e, finalmente,
a loquaz sentença que institui a pena
- o amoroso fuzilamento.
*
O alimento frugal sacia o delicado apetite da dama;
todavia, em amor o pródigo falo revela-se insuficiente
para satisfazer sua mente sôfrega
e voraz.
*
Subtraio visões furtivas
da mulher
como flores de jardim púbico,
onde placidamente me
passeio
ao seu entardecer.
*
Ao transpor a amorosa fronteira
uma taxa de beleza incide sobre o macho;
Tributo que a mulher progressivamente reduzirá
na inversa proporção do falo.
*
Cópula é a troca de presentes obscenos,
uma perversa cortesia
que os amantes cultivam.
pelo Natal do amor.
*
Abrigamos o amor latente e
adormecido
que à vista da beleza
desperta e transborda, mente fora,
qual maré acordada por
mulher,
- essa lua caminhante.
*
Nas tréguas do amor
desfraldas o trajo
e deslizas ínfimas vestes
–
bandeira branca do sexo -
pela haste sensual do ser.
*
Ao contrário do naco comestível,
que poderá ser bem ou mal-passado,
ao macho - taberneiro do amor -
a mulher sempre exigirá o mais generoso falo
do seu lascivo cardápio.
*
Na preparação do sexo
a mulher coloca-se em amorosa posição
como achacado em enfermaria
aguarda do fisiologista
a infame cirurgia.
*
Em amor
o sexo abate-se violentamente sobre a mulher;
como tempestade
sobre proscrita cidade.
*
Divisamos batidas na
beleza da mulher
as obscenas rotas;
caminhos vicinais que o
homem mentalmente grava,
como trilhos na vertente.
*
A beleza da mulher pressiona os diques do pudor,
as represas da circunspeção,
camisas de força de que, mentalmente,
nos ataviamos.
*
A mulher sente-se traída
pelo corpo infame e sensual,
como hera que, à revelia
do ser,
alastrou e desenvolveu tão
devassas formas
e raízes.
*
A presença da mulher faz ceder e rebentar os diques da beleza,
as represas do amor;
sensuais camisas de força de que, mentalmente,
nos ataviamos.
*
Na hora do
amor
calcula-se a
medida do falo
pela
intensidade do feminino ulo
como a
distância de um relâmpago.
*
Na obscuridade
de aposentos ou leitos
gozamos o
amor, em clandestinidade.
Ocultos fumamos
encobertos
esse o ópio
ilegal de formas.
*
Na obscuridade
de aposentos ou leitos
gozamos o
amor, em clandestinidade.
Ocultos
traficamos à revelia
Essa
mercadoria ilícita de formas.
*
Festejamos o amor a cópula.
E a cópula,
como havemos de a celebrar,
mais seus infames actos?
*
Ao visitarmos o Brasil não deixaremos de amar a mulata
e copular sua célebre beleza,
como quem degusta um prato tradicional
do amor.
*
Como sábios amantes
reconhecemos as pegas
entre as mulheres
como caçadores divisam uma
espécie rara
do amor.
*
Como sábios amantes
reconhecemos a beleza
entre as mulheres
como naturalistas divisam
uma espécie rara
do amor.
*
No leito a mulher reconhece o bom amante
como governa, utiliza e administra o falo;
como à mesa, pela dança dos talheres,
se identifica o bom conviva.
A riqueza da nação é a
sua colecção de mulheres
que por lá lida e se
pavoneia,
como aves exóticas
do amor.
*
Em sexo a mulher provoca
o falo;
como um odre de licor
agitado
cede à pressão e eclode
de amor.
*
Em sexo o rosto
feminino da lida
transfere-se lentamente
para o ávido quadril da cópula
que amorosamente cumprimentamos
a falo.
*
A pega é chamada urgentemente ao lar e à mente
como do sexo o operário reparador;
um frade a conceder extrema-unção
do amor
*
Pela beleza
a mulher fermentará o falo,
esse bolboso fungo
- a levedura do amor.
*
Se o falo se aproxima
a mulher amorosamente
se abriga e previne;
veda, cerca e protege a
beleza como lar
de sinistro forasteiro
que indaga.
Se o falo se avizinha
a mulher amorosamente
se abriga e previne;
veda, cerca e protege a
beleza como lar
do amoroso temporal que
se aproxima.
*
Nos
sensuais arrabaldes da cidade,
a
mulher procura o rude falo,
qual
assassino a soldo
do
amor.
*
Em salão
ou elegante baile da
existência
selecionemos a mulher
que nessa hora pretendemos
para revestir imoralmente
o falo.
*
A pega é o soldado do amor;
E a meretriz sua chefia ou Almirantado
- o mais elevado posto e honraria
da amorosa hierarquia.
*
O amor mata a frescura da noviça
que, como os olhos de um bandido,
possuirá a tez, o brilho vicioso
de uma calçada gasta.
*
Entre as mulheres comuns
há pegas infiltradas
como agentes secretos
do amor.
*
Deambulando perdidos como turistas da mulher e
beleza
fotografemos esse feminino panorama
que subitamente se apresenta
à perversa mente.
*
Pela aurora do dia
a mulher tem o falo a cultivar
- essa pesada faina e lavoura
do amor.
*
Da mulher o quadril é
um ancoradouro de falos
e machos.
O grande porto fundeadouro
do amor.
*
O canal que atravessa a mulher como burgo
marca da beleza o eixo
- indica a cidadãos
o amoroso norte.
*
Atrás de fina blusa ou
corpete lustroso
reside um par obsceno
de formas e seios,
como hábil salteador se
oculta furtivamente
sob reposteiros.
*
A beleza está dissimulada na mulher
qual tabaco de contrabando,
mercadoria ilícita e contrafeita
do amor.
*
A mulher oculta outra mulher – verdadeiramente a copulada
-,
quem solta os pungentes gritos de amor,
enquanto ela superficialmente aspira as mornas brisas,
róseos eflúvios que do intimo incêndio se libertam.
*
Na batalha do sexo a
mulher é alvejada
e trespassada de amor,
qual soldado de
infantaria
da beleza.
*
Teu ser dilata e distende-se na enseada cintura,
inchado das insistentes aguilhoadas
de um falo que te fere e importuna
como insecto polinizador
da luxúria.
*
O matrimónio é o cativeiro sensual da mulher.
a pega, ao invés,
habita livremente a selva
do amor.
*
A corte do Príncipe compõe-se de nobres, clérigos ou
cavaleiros
e belas Damas
- as temíveis mercenárias
do amor.
*
A mulher sorri mentalmente ante o discreto falo
pois sabe que, qual pequeno predador,
ele não representa qualquer perigo para sua beleza
ou amorosa mente.
A prostituição é o corso,
O saque ou pilhagem
a vil pirataria
do amor.
A alma é o burgo
e o corpo - a
muralha -,
o amor - profundo fosso da mulher
a transpor.
*
Foi recuperada por
meritíssimo juiz
a pena ancestral que
condenava parentes e vizinhos
a assistirem à
fornicação da mulher
eleita por algoz ou
viril macho
da família acusadora.
*
Na derradeira hora ou ócio
o assassino recorda os abjetos crimes praticados;
a mulher, por sua vez, relembra do adultério
- o infame rol de cópulas traficadas.
*
Por existirmos já
incomodamos;
Mais, se expressarmos uma
ideia
ou abalroarmos a bela
mulher
de desejo, amor e cio.
A pega sempre honrará sua
meretriz
como um artífice seu
venerando Mestre;
e a lúgubre oficina onde
duramente professou, laborou
e amou.
Em amor estamos
mentalmente ébrios e saciados
de beleza feminina,
bem bebidos e nutridos
dessa filosofia sensual.
Ao seguir incógnita dama
na calçada
sinto a opressão acorrentada
da mente
como coxas cingidas
por delgada veste.
Como os arreios da montada,
em mulher a veste retesada
imprime obscenos vincos
sobre a feminina
e tensionada mente.
A mulher hesita ante o
falo perverso,
como alto funcionário
`vista do generoso suborno
do amor.
Se o falo padece e enferma
clamaremos por prático
cirurgião
ou sábia pega e curandeira
do amor.
*
Na batalha do sexo
Temos o grande sulco
feminino a transpor
como fosso de um amoroso
burgo
a tomar.
*
Nas festivas cerimónias do
sexo
a mulher exibirá as
superiores formas da beleza
como preciosas jóias de
família
do amor
*
A
aia é cortejada por distinto embaixador
ou
jurisconsulto;
por
sua vez a alta Dama é amoroso alvo
do
rude moço de estrebaria.
Se copulo a mulher
sinto-me mentalmente
capturado e arrestado;
emoldurado na ardilosa
esquadria
de sua beleza.
Durante
o coito
a
feminina mente será vedada
para
estancar a berraria amorosa .
que
por gosto ou tradição
insiste
em libertar.
*
Sensualmente, a mulher
respira pelo corpo,
em rigor,
pelos perversos orifícios
da mente.
Restituo à mãe sua jovem
donzela,
de beleza roxas e coxas
fumegantes,
de mente escaldante de
amor
e cópula.
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