POESIA ERÓTICA #4
by Celino Deira
arts.montero@gmail.com
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Na mente
feminina está registada a marca de cheia ou aluvião
o nível
do maior falo que mentalmente
a
inundou.
*
A mulher é um
cabaret noturno
que frequento, luminosamente,
pelo seu amanhecer.
*
A mulher é um
cabaret noturno
que frequento,
matinalmente,
pela aurora do
ser.
*
Se a mulher
muito chilreia em entrevista
então essa face
tomarei
como mais um
ânus seu a copular.
*
Conforme a
intensidade da beleza ou graduação,
do amor a mulher
será Basílica, Santuário
ou pequena ermida.
*
Em sexo, por
instantes,
a face da mulher
transfere-se para a cintura
e o inverso
também ocorre.
*
A altura do feminino sapato
indica a medida do falo que, nessa hora,
a mulher deseja mentalmente
se prover.
*
A beleza é a
guarnição mental da mulher,
muralha sensual
a transpor
pela amorosa batalha.
Uma guarnição de beleza reveste a mulher,
filme sensual a destacar,
pelicula a descolar e revelar o conteúdo secreto
do amor.
Em sexo a mulher ingere o sémen do macho
que, ao pensá-lo, igualmente, em sémen
se esvai e dilui.
*
Os seios tilintam à nossa mente
como vidraças durante o amoroso terramoto
que deflagra.
*
Em sexo a mulher canta e entoa
o erótico salmo que,
em obsceno idioma
o macho narra e redige.
*
Penso as pernas da mulher
cuja carne guarda segredos como esbeltas ânforas
o azeite.
*
A saia é câmara-escura do amor,
laboratório secreto onde a lascívia se revela
à contra-luz da beleza;
*
O sexo é pena,
o tributo que a mulher
pagará proporcionalmente
à beleza cometida.
*
No batalha do amor
temos como obstáculo a transpor
os seios quais lascivas ameias
do sensual castelo.
*
Sexo é amor físico
um número de circo amoroso
e suas sensuais acrobacias.
*
Da janela do ser miro os seios
balofos arquejando,
chocalhando como guizos
carnais,
das reses que caminham juntas em parelha
pelas tortuosas azinhagas da
minha mente.
*
Como guizos metálicos
os seios entrechocam-se e
anunciam a beleza
enquanto lidas como
amorosa rês
no pastos e azinhagas da
minha mente.
*
Teus seios arfam,
Brandamente tilintam como guizos metálicos
nos vastos prados de minha mente.
*
A aia é
cortejada por distinto embaixador ou jurisconsulto;
a alta
Dama, por sua vez, é o alvo amoroso
de um
rude moço de estrebaria.
A mulher fecunda-se entre as formas do ser
e o copulador enlameia-se
mentalmente nesse gesto
quão amorosos semeadores
no lodo.
*
Em
sexo a alma da mulher está ensopada de sémen;
caiu,
por agora, nesse imundo charco amoroso,
qual
ténue lenço de Dama.
*
Se o falo é modesto cancelemos a cópula
e retratemo-nos ante a mulher
por perversa indemnização amorosa.
*
Entre as mulheres há pegas
infiltradas
quais sabotadoras, duplos agentes
secretos
do amor.
*
A Mulher é o amoroso alvo;
Suas cavidades são miras
inversamente apontadas
à copuladora mente.
O banho é a higiene do
corpo;
sexo, - o asseio da perversa
alma
ou mente.
*
Depois de usufruir a
mulher uma dúvida me assalta:
é a beleza, afinal, uma
poluente indústria corporal
ou mental?
Findo o amor uma dúvida me
assalta:
afinal, as célebres femininas
cavidades habitam corpo
ou mente?
*
O amor
mata a frescura da noviça
a qual,
como os olhos de bandido,
já possui
a tez, o brilho vicioso
de
calçada gasta.
*
Para a arqueologia
os túmulos femininos são os
mais procurados e valiosos,
porque em vida
o seu conteúdo também o
fora.
*
A mulher excita
como um belo decote,
ou exígua veste.
*
A cidade extravasa de beleza
feminina
que estamos impedidos de alcançar
como joias em vitrina.
*
A mulher tem dupla virgindade a quebrar:
aquela do primeiro falo
e a do pródigo falo.
A mulher tem dupla
virgindade a quebrar:
aquela do primeiro falo
e a do primeiro grande
falo.
A mulher tem dupla
virgindade a quebrar:
aquela do primeiro falo
e a do pérfido falo.
Em certos feudos são regularmente apresentadas
ao amo
as donzelas prontas a serem colhidas de beleza
para este decidir usar ou ceder o direito de
primazia
que o amoroso poder lhe confere.
*
Em coito a mulher é deitada sobre o lenho do
leito e amada,
sensualmente crucificada pelo macho algoz
-centurião do amor.
*
Diariamente a mulher
ocupa-se de esconder beleza e formas,
qual fêmea as tenras crias
do mundo vigilante e
predador.
*
À jovem mulher o falo
apresenta-se
como a nova boneca de trapos
da sua infâmia.
*
Iniciada na arte do amor
a mulher adopta o falo
como a nova boneca de
trapos
do seu ócio.
Amante é um ser suplente
que temos para chamar e
emparelhar
sempre que sintamos
uma suprema falta de nós.
O mundo produz
rinocerontes para nos caçarmos.
Do mundo, no entanto, o
que de melhor há a colher e pensar
É a mulher como pomos.
Bela será a mulher que, em alheia e mascula mente
abata e aniquile, prontamente,
as amorosas rivais.
A mulher é Divina;
constituirá uma honra para
a vítima
ser assassinada por
mulher.
*
Ao existir e lidar, ao
caminhar,
a mulher levanta ideias
obscenas
como amorosa poeira
sensual.
*
Oculta em meiga e suave donzela
encobre-se dissimuladamente como lobo
a futura meretriz.
*
Os cílios são da alma os
olhos.
Os olhos - dos seios são da
beleza
os cílios.
*
No auge do coito busco em feminina
mente os sinais,
reflexos de torpes
investidas de desejo
em seu baixo ser.
No terramoto do sexo
a face da mulher desmorona-se e incendeia-se
como a devassa capital de um império.
A mulher é dobrada em
partes iguais
e copulada na aresta viva,
esquina visível do ser
obtuso.
*
Pagamos caro pelos
melhores hotéis
como belas mulheres onde,
pernoitamos
de beleza.
*
Pagamos caro pelos
melhores hotéis
como belas mulheres onde,
hospedamos
a luxuria.
A mulher é a amorosa
atriz;
os seus movimentos são
gestos,
as suas obras são atos.
*
Sexo é uma cena de pancadaria amorosa
uma reles rixa de cama brigando por carne
e beleza feminina.
*
Como em licenciosa metrópole
também à mulher
uma alameda principal
lhe atravessa a beleza.
Como em licenciosa
metrópole
também em mulher
um eixo de beleza
indica o amoroso norte.
*
Como a licenciosa metrópole
também à mulher
uma via principal
lhe atravessa o ser.
*
Como em infame metrópole
também à mulher
um licencioso canal
lhe irriga a beleza.
Encenará a mulher o sexo
ou será, verdadeiramente,
então
quem socialmente desconhecemos
da vida quotidiana.
Felicitemos esse mercador
por a bela mulher que ama
como rica propriedade
da beleza.
*
Na eucaristia da lida,
pensamentos obscenos
tombam sobre a mulher,
como sonoras moedas
em caixa de esmola.
*
O púbis é praga,
como hera alastra amorosamente
sobre a corrupta beleza.
*
Dissimuladamente, nos
bares da existência,
a mulher verte em bebida
a tóxica substância
amorosa.
*
Dissimuladamente, nos
bares da existência,
a mulher verte na mente do
macho como bebida
a poderosa substância erótica.
*
A mulher é o mercado,
a tenda ou bazar onde regularmente
nos cevamos e abastecemos
de amor e beleza.
*
Como o fogo,
a mulher apraz sensualmente
em noite fria e solitária
de amor.
*
Qual helianto da existência
perseguimos mentalmente a
mulher
como o sol da beleza.
Anestesiados pela beleza feminina
cedemos ao sexo,
como amorosa cirurgia.
*
A mulher manuseia o falo
com o prudência e cuidado devotado
a revólver
carregado de amor.
*
Da feminina beleza um
tortuoso regato emana.
Corre, desagua e espraia-se
obscenamente em quadril
- delta do amor.
*
Em amor a mulher suporta o peso
a amorosa carga do vizinho ruidoso
que ama e existe no piso superior
de sua beleza.
*
Amor é a vertigem de alto precipício,
caminhada sobre o fundo do oceano,
escalada ao alto cume
da luxuria.
*
Amor é a vertigem de alto precipício,
caminhada sobre o fundo do oceano,
descida as cavidades profundas
da mente.
A saia é
o pano de cena do amor.
Sobe e
desce para devassamente marcar
os perversos
atos da lascívia.
*
A saia é
o pano de cena do amor.
Sobe e
desce para devassamente marcar
seu
perversos actos.
Sob o porte garboso de
uma Dama
encobre-se o tenebroso
sexo,
como
bandido oculto sob reposteiro.
Sob o porte garboso de
uma Dama
oculta-se o tenebroso
sexo,
como
bandido atrás de reposteiro.
*
Domado o falo iníquo
a mulher suspende-o
no cume da beleza
como sensual
bandeira
da luxuria.
Domado o falo inimigo
a mulher
hasteia-o como bandeira
no sensual cume
da beleza.
Domado o falo inimigo
a mulher exibe-o ao povo como trofeu
na alta tribuna
da beleza.
Domado o falo inimigo
a mulher crucifica-o como réprobo
no pérfido cume
da beleza.
Domado o falo inimigo
a mulher condena-o como ímpio
ao desolado desterro
do amor.
Domado o falo inimigo
a mulher condena-o à expiação amorosa
como alienada mulher vidente
da beleza.
Domado o falo inimigo
a mulher condena-o à expiação amorosa
como alvo cordeiro
da beleza.
Domado o falo inimigo
a mulher condena-o à expiação amorosa
como puro infante
da beleza.
Em sexo o falo encapela-se e silva,
cospe sémen à mente feminina
como serpente acossada
de beleza.
A mulher é tudo.
Entre nossos colóquios lidamos moderadamente,
como em sala de espera.
*
A mulher é tudo.
Entre as suas representações assistimos moderadamente,
como interlúdio.
A mulher é tudo.
Entre as suas aparições descremos profanamente,
como a lida.
*
O rápido e furtivo engate
da pega
equivale ao longo e
diplomático cortejamento.
de uma Dama.
*
No amoroso assalto
a mulher é coagida a
entregar a beleza
sob a ameaça do falo alvejando
a beleza
que o erigiu.
Cinicamente, pelo fim do coito
a mulher será brutalmente apunhalada
pelo ímpio falo que inocentemente
ajudara a erguer.
*
Cinicamente, pelo fim do coito
a mulher será brutalmente traída
pelo impio falo que previamente
ajudara a erguer.
Coito é a posição fisicamente desconfortável,
que o ser, obstinadamente, procura,
para seu conforto mental.
*
Pela intensidade do feminino
ulo
prevê-se a medida ou altura
do falo,
como a distância de um relâmpago.
*
Sim, são as mulheres quem amanha
o amor e sexo, entre nós
são elas quem,
diariamente, alimenta sua fornalha,
a pazadas de beleza e
sedução.
*
Urgentemente alimentamos
de carvão a locomotiva do amor
como de sémen
o ávido quadril da mulher.
A saia é adereço útil
e permite o sexo urgente
do amante impaciente
da beleza feminina.
*
Algures na mulher
está dissimulada a beleza e
amor
como cofre nas paredes
de esplêndida mansão.
Copula é transpor ilegalmente a fronteira sensual
da mulher,
invadir amorosa e clandestinamente
seus eróticos domínios.
Findo o sexo
uma charcutaria de formas repousa exangue
sobre o leito
- mesa do amor.
*
A beleza mesura-se por cronómetro.
E o valor obtido indica pela mulher
o tempo consumido
a erguer o falo.
*
Deus marcou a mulher a
beleza
como cunho e selo
de sua divina casa
Deus traçou a mulher a
beleza
como cunho e selo
de sua amorosa casa.
*
Deus cunhou a mulher a
beleza
como chancela e timbre
de sua amorosa casa.
*
Os generais honram as
grandes batalhas da história;
e as pegas
as mais infames e ilustres
cópulas.
*
A beleza da mulher condena-a diariamente à copula,
patíbulo do amor, - a amorosa tortura
ou enforcamento.
*
O amor é guerra e expugnação
e o sexo a batalha, - o assalto sensual
ao feminino burgo.
*
Sexo é o amoroso
assalto
a tomada da
sensual fortaleza e guarnição
da beleza.
Sexo é trasfega,
o esvaziamento mental de seres contentores
sobre mulheres recipientes.
Sexo é desfalecimento,
o esvaziamento exangue de seres contentores
sobre mulheres recipientes.
*
A pega sempre honrará sua meretriz
e a oficina onde aprendiza
praticou o noviciado do amor qual artífice
o seu venerando Mestre.
*
Em trajo a
mulher é guarnecida por faustosa cerca
Como jardim
público interdito a pisar
de amor…
*
O sexo está dissimulado na mulher
qual contrabando, em luxuosa mala ou porão
mercadoria ilícita e contrafeita
do amor.
*
Invoquemos por poesia as mulheres
quais espíritos alados
do amor.
Após a quebra da virgindade regular
a mulher prepara a próxima empreitada sensual:
a grandiosa quebra da virgindade imoral.
Um artífice deverá honrar os velhos mestres;
E a mulher - as cortesãs,
- suas lascivas predecessoras.
*
Calculemos matematicamente
a pressão imoral
que repletos seios exercem
contra a blusa
e nossa abotoada mente.
*
Calculemos matematicamente
a pressão imoral
que a beleza feminina
exerce contra as vestes
e nossa estrangulada
mente.
*
A pega move-se tão habilmente sobre o leito
como ágil acrobata na corda bamba
do amor.
*
Deverá restar em clausura mental
a bela mulher,
por se revelar impossível
a convivência desse soberbo ser,
por o desejo ameaçar
perturbar e corromper
a mais frugal entrevista.
*
Deverá restar em cativeiro
sensual a bela mulher,
por se revelar impossível
a convivência desse soberbo ser,
por o desejo ameaçar
perturbar e corromper
a mais frugal entrevista.
O amor é uma gravidade que
ataca o macho,
o atrai e coloca na órbita
sensual
da bela mulher.
*
Os seios são chifres; sensuais
armações,
- as hastes amorosas
da mulher cervo.
*
Em sensual aniversário,
na celebração do amor
a mulher defumará
o charuto do sexo.
*
A mulher celebra o cento de
cópulas
como o magnata da beleza festeja
de ducados
- o seu primeiro milhão.
*
A mulher celebra o cento de
cópulas
como o magnata da beleza
festeja
de ducados
- o seu ominoso milhão.
*
Encerramos o amor como
cachorro
que, ruidosamente, late
quando, provocadoramente,
a bela mulher contorna, exteriormente,
a alta vedação do ser.
*
A mulher reúne conhecimentos de prostituição
que usará como gordura acumulada
no inverno amoroso da existência.
*
E o amor?
É certo que nada é mais sujo e imundo
do que esse lúgubre contágio de mentes.
*
No auge do coito
o casal é uma rotativa amorosa
um tear mecânico em plena laboração.
*
Nos urbanos bairros ou
vilas
Em reverência à vizinha como
urbana diva.
formam-se secretos clubes
de admiradores e aficionados
dessa beleza quotidiana e domestica
*
A mulher é o lugar do amor
como escuso prostíbulo,
ou bar de alterne.
Mulher,
desejo teu feminino ser
como bela dama.
Para curar amorosas maleitas e enfermidades
a sabedoria feminina recomenda à
mulher
a toma e fricção matinal
do rude falo
Para curar amorosas maleitas e enfermidades
a sabedoria feminina recomenda à mulher
a toma e infusão mental
do falo
mentalmente coloco a mulher na mira do falo
e dissimulo essa furtiva carabina entre ameias
do amor
Constatamos que a mulher se
nutre parca e frugalmente,
mas revela-se ávida gulosa
de amor e falos;
sua mente exige-os fartos
e generosos.
Ao passar em corredor
Alguém escutou a mulher exigindo potencia
máxima ao macho copulador
como se ordenasse ao algoz
que a açoitasse com redobrada malicia
Ao passar em corredor
Alguém escutou a mulher exigindo potencia
máxima ao macho copulador
para lograrem subir a ingreme ladeira
do amor
Ao passar em corredor
Alguém escutou a mulher exigindo potencia
máxima ao macho copulador
para lograrem transpor mais um degrau dessa
íngreme vertente
do amor
Ao passar em corredor
Alguém escutou a mulher exigindo potencia
máxima ao macho copulador
para lograrem ultrapassar as vagas
tormentosas
desse agitado mar.
Em redor da bela vizinha,
como Diva,
formam-se clubes mentais de
idólatras e aficionados
do quotidiano amor.
A beleza da mulher consome
excessivo amor
como, de joalharia,
a alta cortesã.
À hora do amor, sobre a
Dama,
ocorre devassa festa
organizada em honra
da beleza.
Analmente pelo natal do
amor
a pega concede uma cópula
gratuita
ao mendigo que dorme sob a arcada da rua
onde amorosamente atua.
Analmente pelo natal do
amor
a dama concede uma cópula
gratuita
ao mendigo que dorme sob a arcada da rua
onde amorosamente habita.
a bela mulher sabe que é
desejada
para amorosa refeição
como doce lebre corre aflita
entre feras estiradas
ao sol dormente da
lascivia.
Amar é preferir o sabor lascivo dessa beleza
entre tantos expostos nos escaparates existenciais
que, por desejo e vida,
frequentamos admiramos.
Ao contrário do naco
comestível,
que poderá ser bem ou mal
passado,
na locanda do amor a
mulher sempre exigirá
o mais perverso falo.
Como hábil e astuto mercador
a mulher desdenha a beleza que lhe sobra
como cabeleira.
Na corrida do amor o falo fustiga a mulher
como látego no dorso da res
espora no ventre da montada
Na lida do amor o falo fustiga a mulher
como látego no dorso do réu
espora no ventre da montada
Os círios são da alma os olhos;
Os seios,
da beleza e corpo.
Os círios são da alma os olhos;
Os seios,
da lascívia e corpo.
Em sexo, por
instantes,
a mente feminina
transfere-se para o quadril
e o inverso
também ocorre.
*
Há instantes,
enquanto praticava placidamente a existência,
minha mente foi brutalmente atacada
pela beleza de uma mulher.
Em lúbrico turismo
ao visitar típica aldeia do amor
a mulher exige pousar para fotografia
com o homem mais viril da região.
Desnudado um seio ele moralmente se desprende
e rapidamente se precipita rolando
como bola saltitante, que aos pés da mente
se detivesse.
Enquanto
lida ou existe
a
mulher oferece o belo ser a pensar e cobiçar,
a
nosso faminto e mental olhar.
Se o falo é menor cancelemos a cópula
e retratemo-nos ante a mulher
por avultada indemnização amorosa.
Em qualquer hora da lida
Pode caber-nos em aparatoso acidente
o alto privilégio de sermos assassinados
por mulher.
É inflado e febril de amor
o estado ideal, segundo a mulher,
para a colheita e abate
do leguminoso falo.
Diariamente a mulher traja o sexo,
veste
sensualmente esse exíguo uniforme
do amor.
A cópula compõem-se de várias estações
como a via sacra
do amor.
A mulher é a diva,
a estrela cinematográfica
do lar.
O sexo é a pena,
o tributo que a mulher salda
proporcionalmente à beleza
que aufere.
Em sexo os seios tilintam na mente como
quinquilharia erótica
durante o amoroso terramoto
que deflagra.
*
Em sexo os seios tilintam na mente como
vidraças
durante o amoroso terramoto
que deflagra.
*
Em sexo os seios tilintam na mente
qual louça durante o amoroso terramoto
que deflagra.
A mulher bela consome excessivo amor
como, de joias e cortesias,
a alta dama.
A beleza da mulher consome excessivo amor
como, de joalharia,
a alta cortesã.
O corpo é o terraço do ser,
sensual tribuna onde a mulher acorre a saudar
os amorosos súbditos.
A mulher é um cabaret soturno
que frequento, nocturnamente,
pelo amanhecer.
Penso as pernas da mulher
Como ânforas helénicas que armazenam óleos
e perversos segredos
*
Penso as pernas da mulher
Como longas estradas que se cruzam adiante
na bifurcação da beleza
*
Da mulher cristalina
saliva de prata
aguarda receber e
fundir-se com âmbarico sémen
concebido e destilado
por si.
*
A caixa forte da saia
abre-se, enfim, milagrosamente
ao macho que prove possuir
a chave,
o código do amoroso
segredo.
*
A pega é o urinol, o
lavabo
o imundo e arruinado carro
de aluguer
do amor.
*
A realidade perturba o ser lúcido e sereno,
interpondo-lhe a mulher,
qual potente magneto
da beleza.
*
Está consagrado à mulher
bela
o direito de dispensar
filas de espera
obter lugar sentado em comboio
metropolitano
exigir o melhor assento em
camarotes ou plateias.
Sexo é a
corrida tauromáquica do amor
cópula
sua arrojada
pega de caras.
*
Mulher é severo
bloco de carne
Cinzelado
a falo
por
amorosa e devassa mente.
*
durante a
sensual viajem
a mulher
consulta a carta amorosa internacional
para
conhecer as caracteristicas típicas do falo nativo
da região
que atravessa.
como praticantes de amorosa perseguição
também mulheres rejeitam a presa miúda
e se dedicam exclusivamente à caça grossa
do amor.
A mulher sorri ante o discreto falo
pois sabe que, como um pequeno predador do amor,
ele não representa qualquer perigo
para a sua extrema beleza
Findo o sexo
escorre sémen da mente feminina
como o sangue de um amoroso crime.
*
Findo o sexo
escorre sémen da mente feminina
como sangue
de amorosa vitima.
*
Fora do sexo
recolherá a mulher seios e corpo
como o predador recolhe garras
Após amorosa caçada.
Em orgia o sémen corre entre os
corpos,
como em taverna
a cerveja entre
os copos.
No circo
do amor
certa
mulher celebrizou-se por malabarismo fálico
arrojado número
que em nudez executa
sobre a
perversa tenda do leito.
Rasgando as
vestes, despojando a forma, expondo a nudez
acederemos,
finalmente,
à caixa-forte
da beleza feminina.
O matrimónio é o cativeiro sensual da mulher.
a pega, ao invés, habita livremente
a selva do amor.
O círculo intimo do Príncipe compõe-se de
nobres, clérigos
e belas cortesãs- as temíveis mercenárias
do amor.
Concebamos transparentes pontes e viadutos -
Projectemos esses arrojados e esbeltos arcos
à prova de mulher.
A mulher é beleza,
puro sexo disfarçado de cidadão honesto,
como insuspeito burlão do amor.
Despojando as
vestes,
revelando e expondo
a nudez das formas,
acederemos à
feminina mente.
O púbis é praga;
como hera alastra, amorosamente,
pela frontaria sensual da mulher.
O púbis é praga;
como hera amorosamente alastra e corrompe
o muro sensual da beleza.
A mulher é a causa de uma
excentricidade,
uma vil contusão,
um alto-relevo na
masculina mente.
Se o falo é menor
cancelemos a humilhante cópula
e retratemo-nos ante a
mulher
por avultada
indemnização amorosa.
A altura do feminino sapato
indica a medida do falo que, nessa hora,
a mente deseja tragar
para seu conforto imoral.
O púbis alastra e trepa
pela mente feminina
como a hera entrelaçada de
um solar
-casa assombrada do amor.
Inventámos o
sexo
mas,
infamemente, copiámos da natureza
a rude
biblioteca de seus gestos.
O corpo é a
varanda do ser,
o terraço onde a
mulher acorre a saudar
os amorosos
súbditos.
Felicitemos esse
homem
pela bela esposa
que possui,
como valiosa
montada.
Como a metrópole
também à mulher
uma via
principal lhe atravessa a lascívia.
Nos seio está
demarcada o alvo sensual,
ponto de mira da
feminina beleza a pensar e alvejar
de amor
A esposa é pega civil;
pega – o soldado consorte
do amor
Solicitemos à
mulher o beijo e a felação
como amorosa aia
que nos pregasse um botão de vida,
remendasse uma
peúga existencial.
As mulheres amam
frontalmente
e oferecem ao
sexo
o majestoso
reverso do ser.
O falo é o ícone
o emblema a divisa gravada nos umbrais da camara
onde regularmente se reúne a cúpula dirigente
da feminina associação.
No auge do coito
o casal é uma
lubrificada rotativa
um tear mecânico
em plena laboração.
Durante o coito
uma chupeta fálica é colocada à
mulher
para estancar a berraria mental
do sexo.
que insiste em gemer.
calculemos a pressão imoral
que indecentes seios exercem contra a blusa
e nossa abotoada mente
A mulher afasta-se das multidões
por recear desse tumulto as mãos anónimas
os dedos invasores e salteadores
da beleza
A beleza da mulher mesura-se
como a cilindrada de um motor.
a potência de amoroso engenho
Estranhamente, a mulher é frugal na alimentação
mas gulosa do amor e falos;
sua mente exige-os fartos e generosos.
O corpo feminino é excessivo de beleza e ser;
é feito para iludir e encantar,
como as deleves plumas de uma corista.
Que sofre e
absorve as batidas do amor?
O material corpo
e pagão
ou sua etérea
mente?
da mulher seus
quadris dilatados de tamborete
são bossas de
amor
Coxias de amparo
onde se acumula e guarda a beleza
da nossa
sobrevivência.
Regularmente, pela quadra natalícia
a bela mulher doa o ser ou partes de formosura
à obra de caridade do bairro onde sua beleza
desperta e excita.
A saia é ponte ou
desvão;
jamais muro
ou amorosa cerca.
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